Autoformação

Afinal, somos um grupo que acredita em revolução. Revolução enquanto processo diário e constante. Revolução que precisa de construções alternativas e contra-hegemônicas. Revolução que não foi escrita nem descrita em qualquer livro, mas que exige de nós, enquanto militantes, conhecimento da história e das ferramentas teóricas que nos são apresentadas. Certo ou errado, nossas escolhas se pautam pela conexão com a teoria que se aprende na prática e pela prática capaz de inovar e renovar a teoria.

(“B&D: Tomando Partido“, março de 2013)

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Não se engane: não basta ler livros, fazer cursos ou participar de grupos de estudos para formar-se politicamente. É no turbilhão da práxis social de luta por emancipação política, de construção de poder popular, que a sociedade será capaz de criar o projeto socialista e os meios para implementá-lo.

Porém, isso não significa que a teoria seja desprezível. Pelo contrário; ela é parte desse turbilhão. Quanto mais nos enfronhamos com as lutas concretas, mais sentimos necessidade de teorizar, e de buscar auxílio para isso nas mais diversas fontes. Não para falar palavras difíceis ou jargões acadêmicos, muito menos para nos prendermos a dogmas, mas porque as perguntas que fazemos a nós mesmos são muito desafiadoras. Perguntas sobre o mundo que queremos, sobre os caminhos estratégicos para construi-lo a partir do aqui-e-agora, sobre a sociedade na qual vivemos.

O estudo teórico propriamente dito (se é que faz algum sentido essa separação prática-teoria) pode e deve ser também, justamente por isso, uma dimensão da prática militante: uma das formas de investigar a realidade, interpretá-la, compreendê-la para transformá-la.

Essa é uma das maiores razões da existência do B&D, desde a sua fundação: é um dos espaços onde nós, militantes dos mais diversos movimentos, buscamos saciar um pouco da nossa sede por pensar os melhores caminhos para a a luta política, desde a reflexão coletiva a partir de diferentes perspectivas de atuação. Por isso, não paramos de realizar seminários, rodas de conversa, debates, oficinas, cursos de formação…

Estudar é responsabilidade de todo/a militante, tanto quanto ir à rua, debater, organizar-se coletivamente em movimentos. É importante, em especial, se não queremos perpetuar a divisão do trabalho entre as pessoas que pensam e as que executam, as que mandam e as que obedecem, as que fazem trabalho intelectual e as que fazem trabalho braçal… Essa separação tende a gerar hierarquias, desigualdades de poder, e não produz as melhores ideias e ações, de acordo com a nossa visão.

Registramos aqui, então, algumas indicações de estudo, dentre as que mais têm contribuído para a nossa formação política.

– I Curso de Economia à Esquerda: Baixe aqui a apostila, e veja o curso online.

– Em breve, confira aqui os textos do curso sobre concepções de organização política revolucionária!

– O site http://marxists.org/portugues/index.htm contém um acervo excelente, vasto e indispensável. #ficaadica

– Indicamos também, como fonte de grandes textos teóricos e de conjuntura, o site do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA-UFSC).

Uma resposta em “Autoformação

  1. Juiz de Fora – 24 setembro 2015
    Ilmº João Telésforo & demais Brazilíndios

    Compartilho totalmente com a mensagem do SITE. Convido todos estudantes da UnB a assinarem um requerimento com muito amparo legal dirigido ao Prefeito BRUNO SIQUEIRA de Juiz de Fora (17/9) visando debater a questão da dívida pública (Externa & Eterna), a democratização da comunicação através do ‘FÓRUM BRAZILÍNDIO – Comunicação global” cujo objetivo mais amplo seria debater os 40 capítulos da Agenda 21.

    Com 50 anos de experiência prática no Direito Administrativo/Constitucional, defensor das minorias étnicas, em particular as indígenas, criador de “GNOSOS, o Espírito da ECO”, tendo participado do Fórum Global ’92 (Rio – 1992/1995), Fórum Social Mundial (PA), RIO+20, 1ª CONFECOM, Seminário Internacional de Diversidade Cultural (Brasilia – Hotel Meliá, 2007) + 200 eventos relacionados à COMUNICAÇÃO – ECOLOGIA – DIREITOS HUMANOS – EDUCAÇÃO – CULTURA. Parceiro do “PROJETO EXODUS – Um mundo para todos”, do filósofo LUIS AUGUSTO WEBER SALVI (LAWS). Sugiro neste primeiro contato consultar através da INTERNET a extraordinária obra deste filósofo futurólogo da cidade de PORTO ALEGRE/RS. Entre muitos sites destaco “A REVOLUÇÃO DO MEIO – A verdadeira transformação social”.

    Da cidade que desencadeou (precipitou) o golpe militar, ora interessada num ‘golpe’ CULTURAL (2016), aguardo sua resposta.

    LUTANDO PELO DEVER LEGAL
    SENTINELAS DA LEI

    MILTON LEITE BANDEIRA
    CONSULTOR 3º SETOR BRAZILINDIO
    DEFENSOR DIREITOS HUMANOS
    PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO DIREITO DA ARTE E CULTURA (ASSDAK) – Fone – 32 – 3237-9365
    miltonlbandeira@yahoo.com.br

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